MERCADO EDITORIAL NO BRASIL

Um mercado em transformação, com novos consumidores em potencial e a ausência de estratégias para a criação de jovens leitores é o panorama do mercado literário brasileiro.

O mercado editorial de livros tem uma diversidade enorme no Brasil. São em torno de 800 editoras em funcionamento de todos os tamanhos e linhas editoriais possíveis.

Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial, o Brasil é um dos países que mais avança no quesito competitividade, ficando em 53º lugar no ano de 2012. Na última década, o Produto Interno Brasileiro (PIB) cresceu a uma média de 3,6% enquanto que a média mundial cresceu 2,55%, mostrando que o país vem resistindo às crises internacionais que exigiram da economia nacional constante adaptação e respostas rápidas. (Banco Mundial)

O dinamismo da economia brasileira pode ser observado em setores como o editorial, que é muito pequeno quando comparado aos demais, mas que demonstra que há espaço para crescimento, fato que depende de mudanças culturais. Segundo dados de pesquisa realizada pelo Instituto IBOPE em 2011, o setor de livros, da qual a revisão de textos faz parte, movimentou cerca de 7,2 bilhões de reais, das quais as classes A e B representam cerca de 73% desse total.

Há mais de 300 editoras sócias da Câmara Brasileira do Livro, por exemplo, uma das entidades do setor que costuma ter entre seus membros as editoras maiores e mais bem instaladas. O Sindicato Nacional dos Editores de Livros, outra entidade da categoria, tem também várias centenas de editores associados, nem todos coincidentes com os da CBL. Há mais de 100 editoras na Libre, Liga Brasileira de Editores, que congrega pequenas e médias editoras. E a cada momento alguém inventa de abrir alguma editora, outra fecha as portas, e outra ainda é englobada por uma maior.

Trata-se de um mercado dinâmico, com grandes diferenças de faturamento. Apesar de bilhões de reais serem dedicados à compra de livros anualmente, seja pelo maior comprador do país, o governo federal, seja por leitores em busca de best sellers da moda, o fato é que algumas poucas editoras concentram grande parte dos ganhos[1].

Além disso, com a oficialização do Novo Acordo Ortográfico entre os países que falam a língua portuguesa, as editoras brasileiras estão passando por um processo de adaptação às atuais regras[2]. O processo inclui a reedição e revisão de livros dos antigos catálogos que devem ser adaptados às novas modificações. “Algumas editoras também já começaram a lançar seus dicionários revisados de acordo com as novas normas, como, por exemplo, a editora do Dicionário Aurélio” [3].

Essa diversidade tem impacto nos métodos de trabalho de produção editorial, assim como no tamanho das equipes, seu ritmo de tarefas e os valores pagos aos profissionais contratados e freelancers[4].


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