A prestação de serviços de revisão experimenta um aumento de uso significativo, impulsionado pelo incremento do fluxo de informações e pela incapacidade das máquinas de realizarem determinadas tarefas humanas.
“O mercado de trabalho para o revisor textual é amplo. É estável, pois sempre haverá alguém escrevendo dissertações de mestrado, teses de doutorado, livros, diferentes revistas em circulação, propagandas, bulas, rótulos, manuais com instruções e outros gêneros textuais que necessitem passar por uma revisão” [1].
No caso de estudantes, dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), ligado ao Ministério da Educação, apontam para o crescimento do número de acadêmicos entrantes e concluintes nos cursos de graduação: em 2006 ingressaram cerca de 1,4 milhões de acadêmicos enquanto em 2010 esse número passou para 1,5 milhões, um aumento de 9,7%. Já para o número de concluintes, em 2006 o número era de 736 mil acadêmicos e em 2010 passou para 829 mil, um aumento de 12,5%. Tais números demonstram que esse público e potencial cliente do revisor de textos tem se ampliado cada vez mais.
O mesmo vem ocorrendo com o número de empresas, conforme apontado pelo Cadastro Nacional de Empresas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no qual, em 2006, havia cerca de 4,3 milhões de empresas e em 2010 o total estava pouco acima de 5,1 milhões, um aumento de cerca de 19%[2].
Além disso, editoras, gráficas, faculdades, periódicos e outras empresas necessitam dos serviços de revisão de textos, e, ao contratarem uma empresa especializada, visam uma melhor aparência dos textos ao leitor, além de buscarem o aumento da qualidade deles por meio de uma revisão terceirizada, que, inclusive, pode resultar na diminuição dos custos das empresas [3].
Segundo De Lucca, é comum que empresas do setor editorial contratarem terceiros para completar seus processos produtivos. O segmento de livros sempre se valeu da terceirização, e quem atua no setor garante que a solução é bastante vantajosa[4].
A área da linguagem vista como instrumento e o próprio “lugar” de trabalho de um revisor, é bem ampla, de modo que as gamas de serviços que a envolvem tem certamente possibilidades de expansão, porém, só podem vir a ser concretizadas na medida em que o empreendimento se firme no mercado, ganhando visibilidade e credibilidade.
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