o É fato que na maioria das escolas poucos de exige do aluno no que diz respeito à produção textual, em algumas instituições esse processo é iniciado apenas no ensino médio e com uma frequência muito pequena.
o De acordo com a experiência em campo, é evidente a grande deficiência no processo de leitura-compreensão e produção de textos por partes dos alunos que estão saindo do ensino fundamental e ingressando no ensino médio.
o Um grande número de alunos que estão no último ano do ensino fundamental não consegue produzir ou até mesmo interpretar textos simples como uma narração,
por exemplo.
o Isso por que até há alguns anos, a leitura consistia no simples reconhecimento de letras, sílabas e palavras.
o Para a realização da leitura, são necessários vários elementos, por exemplo, que o indivíduo que lê saiba também o significado das palavras mais complexas e saiba também fazer uso dos sinais de pontuação.
o As pessoas se preocupam, muitas vezes, com uma boa pronúncia ao ler, bloqueando, muitas vezes, seu entendimento sobre o conteúdo adquirido, ou seja, não saindo da primeira etapa do processo de leitura e não indo muito além do domínio de pronúncia.
REFORMA ORTOGRÁFICA DA LÍNGUA PORTUGUESA
· Outra fonte de muitas dúvidas entre os acadêmicos é a reforma ortográfica da Língua Portuguesa.
· Os alunos não sabem exatamente o que mudou. Além disso, a mudança, embora tenha afetado um número pequeno de palavras, envolveu alguns vocábulos muito conhecidos. Os alunos já me perguntam
se o acordo foi responsável pela queda de todos os acentos, ou pela perda de todos os hifens, algo que não ocorreu.
· As mudanças mais significativas alteram a acentuação de algumas palavras, extingue o uso do trema e sistematiza a utilização do hífen. No Brasil, 2 mil palavras passaram por alterações, ou seja, 0,5% do total. São muitas palavras.
PLÁGIO
o As dificuldades e limitações dos acadêmicos em desenvolver razoavelmente um texto bem escrito, levam os mesmos à famigerada prática do plágio.
o No Brasil a falta de regras claras para a definição e a prevenção dessa conduta antiética torna a questão ainda mais delicada.
o Segundo estudo realizado por Martin e Rao (2009), nos Estados Unidos, que tinha por objetivo verificar as relações das diferenças individuais sobre o plágio, demonstrou que 61% dos trabalhos dos acadêmicos pesquisados possuíam plágio.
o As principais razões utilizadas pelos acadêmicos para plagiar ocorrem, principalmente, por pressões de produção, na qual buscam conteúdo da internet, e pela inexperiência dos acadêmicos quanto às normas de citação e referência.
o Outro estudo, feito por McCabe (2005), realizado com 50.000 acadêmicos de graduação de 60 instituições de ensino superior, aponta que cerca de 70% dos acadêmicos tinham feito algum tipo de fraude e 25% deles já relataram terem plagiado anteriormente.
ANALFABETISMO FUNCIONAL
· Conforme dados do Indicador de Analfabetismo Funcional, divulgados em 2012 pelo Instituto Paulo Montenegro, quase 40% dos universitários têm alguma dificuldade com escrita e interpretação de texto, apresentando dificuldades para lidar com textos mais longos. Ou seja,
4 em cada 10 possuem essa limitação.
· De acordo com o estudo, que ouviu mais de 2 mil pessoas em todo o país, 38% dos que têm ou estão cursando um curso de graduação não possuem alfabetização plena, isto é, apresentam dificuldades para lidar com textos mais longos. Com incapacidade de exercitar certas habilidades de leitura e escrita, necessárias para a participação ativa da vida social em diversas dimensões.
· A conclusão é de que a maior parte dos estudantes não tem o hábito de estudar, aprendem de forma superficial, e geralmente decoram o conceito ao invés de compreendê-lo. Tudo isso somado, é o que, sem sombras de dúvidas, resulta na dificuldade da prática de uma produção textual competente.
CORRETORES AUTOMÁTICOS
Além disso, muitos acadêmicos acreditam que não precisam de revisores especializados, pois utilizam ferramentas de correção automática em softwares editores de texto. Porém, esses corretores automáticos apresentam muitas falhas como:
o Sugerem palavras de forma incorreta, incoerentes com o parágrafo ou frase, principalmente em textos complexos.
o Não sinalização de palavras com erros de digitação ou que deveriam estar acentuadas.
o Ocorre de mudar o idioma sozinho e apontar todas as palavras como inexistentes
o Em alguns casos, o editor aponta que algumas palavras corretas não existem (neologismo), não sinaliza que algumas palavras estão juntas, e quando desatualizado, faz uso da antiga norma gramatical.
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