Outra fonte de muitas dúvidas entre os acadêmicos é a reforma ortográfica da Língua Portuguesa. O Acordo Ortográfico de 1990 é um tratado internacional firmado em 1990 com o objetivo de criar uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países de língua oficial portuguesa. O mesmo entrou em vigor somente em janeiro de 2009, mas os falantes do idioma tiveram até dezembro de 2012 para se adaptarem à nova escrita. Nesse período, as duas normas ortográficas foram usadas e aceitas como corretas nos exames escolares, vestibulares, concursos públicos e demais meios escritos.
Porém, a data foi prorrogada novamente e as regras passam a valer definitivamente a partir de 1º de janeiro de 2016. Segunda a professora de cursinho pré-vestibular, Vivian D’Angelo Carrera, a confusão referente às mudanças entre os estudantes é constante. “Os alunos não sabem exatamente o que mudou. Além disso, a mudança, embora tenha afetado um número pequeno de palavras, envolveu alguns vocábulos muito conhecidos. Os alunos já me perguntam se o acordo foi responsável pela queda de todos os acentos, ou pela perda de todos os hifens, algo que não ocorreu” [1].
“As mudanças mais significativas alteram a acentuação de algumas palavras, extingue o uso do trema e sistematiza a utilização do hífen” [2].
No Brasil, 2 mil palavras passaram por alterações, ou seja, 0,5% do total. [3] Além do mais, na universidade, os acadêmicos redigem textos que são mais densos e demandam maior esforço. A dificuldade na elaboração e interpretação textual mostra-se presente no ensino superior, especialmente no que diz respeito à compreensão das informações principais de um texto e até mesmo de relacioná-las aos fatos do cotidiano.
Essa dificuldade é algo que transcende à graduação, chegando até mesmo a existir entre estudantes de pós-graduação [4].
Deixe uma resposta