PESQUISA REALIZADA NO ENSINO SUPERIOR MOSTRA DIFICULDADES DE ESCRITA E LEITURA

Problemas como o a dificuldade de interpretação, pouca leitura, o analfabetismo no ensino básico, além do analfabetismo funcional – que atinge até mestrandos e doutorandos – não é novidade para ninguém.

Por isso, elencamos aqui alguns pontos de uma pesquisa que realizamos com estudantes e educadores do ensino superior em algumas Universidades/Faculdades do Sul do Brasil.

PESQUISA COM ACADÊMICOS

Segundo nossa própria pesquisa inicial, realizada com acadêmicos de graduação/pós-graduação da região do sudoeste paranaense e oeste catarinense (através de um questionário) foi identificada uma necessidade na elaboração de textos, especialmente de cunho acadêmico, na qual se percebia grande dificuldade por parte dos autores em desenvolver gêneros textuais de nível razoável.

Foi constatada dificuldades em:

·Dissertar, complicações com o vocabulário e domínio parcial do novo acordo ortográfico.

· Para começar um parágrafo e colocar as palavras certas de modo que o texto fique claro.

· Delimitar uma introdução/conclusão e limitação na formatação.

· Não domínio das técnicas de citação, o que ocasiona  a falta de segurança.

· Dificuldade na identificação de citação direta ou indireta e até que ponto pode ser plágio/cópia.

· Repetição da estrutura dos parágrafos. Ex.: Segundo, de acordo, conforme tal autor, deixando o texto inexperiente e maçante.

 

PESQUISA COM PROFESSORES

Foi disponibilizado também um questionário aos professores da região com o objetivo levantar o grau de
dificuldade dos acadêmicos em redigir textos.

Principais problemas citados:

· De coerência entre as ideias no texto e coesão na escrita, problemas gramaticais e repetitivos erros ortográficos.

· De clareza na exposição das discussões, paralelismo gramatical, vocabulário restrito e erros de concordância.

·  De pontuação, acentuação gráfica, concordância verbal e nominal.

·  Na organização de argumentos e parágrafos muito extensos.

·  Confundem os tipos de citação e escrevem as citações de forma incorreta.

·  O acadêmico lê pouco, disserta pouco e coloca citações no texto apenas para “cumprir com a formalidade”.

·  Boa parte faz cópias literais do texto sem saber escrever mais a respeito, pois tem dificuldades em ler e interpretar as ideais
dos autores.

·  Desconhecimento de laços coesivos e de normas de referenciação.

As explicações dadas pelos professores para esses problemas textuais são:

o   Falta de leitura, interpretação e escrita.

o   Dificuldades em expressão e baixo nível cultural.

o Pouca habilidade com o vocabulário e desconhecimento da norma culta da língua portuguesa.

Além de:

· Ausência de orientação adequada e leitura de assuntos relacionados à temática de escrita.

· Falta de dedicação para escrever e analisar o texto de forma crítica.

· Facilidade no copiar e colar e busca por praticidade.

· Falta de preocupação com a qualidade do que se está fazendo.

· Dificuldade para identificar critérios como: Interpretação e construção de ideias; Criatividade e posicionamento crítico.

Essa pesquisa com questionários foi realizada no início de nossa empreitada empresarial, em 2015/2016.

Felizmente, parece que o cenário melhorou um pouco. Mas ainda há muito o que fazer no longo prazo.

Fonte: Pesquisa para o plano de negócio apresentado na Incubadora Tecnológica de Pato Branco.

 

 

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